16/01/2024 | Por: AN Portal de Notícias.
Diante do céu implacável e da
terra rachada, que se estende como um vasto tapete de desespero, o cenário em
Serra Preta, pequena cidade no coração do Nordeste brasileiro, é de puro
abatimento. Um vídeo gravado no último domingo, 14, e que já corre nas veias
das redes sociais, expõe um ângulo humano e doloroso da severa seca que assola
a região. No registro, que mais parece um sinal de socorro, um grupo de
moradores é visto ajudando um animal enfraquecido, vítima da aridez que tudo
consome.
A voz que acompanha as imagens é a de um homem cansado, porém resiliente, fazendo um apelo emocionado que reverbera como um grito ecoando por entre as frestas da inação governamental. Ele detalha o cotidiano de luta e de perdas enfrentado pelo povo do Nordeste, um cotidiano ainda mais pesaroso em Serra Preta, onde as consequências da seca se desdobram em um dramático espetáculo de mortandade do rebanho.
Ao fundo, os sons da lida
árdua se misturam às suas palavras, criando um quadro vívido do que significa
viver na peleja eterna contra a falta de água. "Vamos esperar quando é que
os governos do Estado e Federal vão se sensibilizar e mandar recurso ao povo do
campo", expressa o homem no vídeo, marcando uma importante ressalva
"principalmente ao homem do campo, principalmente aqui em Serra Preta."
A situação, descrita como
crítica, chama a atenção para a ausência de medidas emergenciais que poderiam
mitigar a situação dos agricultores, pecuaristas e de todos aqueles que vivem
do e no sertão. No desabafo capturado pela câmera, é um pedido claro que se
ouve: que as autoridades, como a Secretaria de Agricultura da Bahia, o
Ministério da Agricultura e, sobretudo, o Governo Federal, "abram os olhos
para o Nordeste, em especial Serra Preta na Bahia".
A divulgação do vídeo
representa mais do que um relato das condições atuais; é um documento humano
que clama por atenção, por compaixão e, acima de tudo, por ação. Movimentações
em grupos de apoio locais já começam a se organizar, na tentativa de trazer
alívio para a região. No entanto, a questão permanece: até quando o sertão
espera pela chuva de ajuda governamental?
Faz-se necessária uma resposta
rápida e efetiva, com políticas de combate e prevenção às secas, e mais ainda,
com a disponibilização de recursos que possam garantir a sobrevivência não apenas
dos animais, mas do próprio homem sertanejo e de seu modo de vida. Enquanto
esse socorro não chega, Serra Preta e tantas outras localidades seguem unindo
forças, numa demonstração de resiliência que é tão característica desse povo.
Com informações
dos comunicadores Vanderlon Cunha e de Zeroaldo Silva do site AN Portal de
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