A declaração gerou forte reação entre as mulheres do município, especialmente em um contexto em que a luta por respeito e igualdade de gênero ainda é constante. Em resposta ao ocorrido, uma advogada local divulgou uma nota de repúdio, condenando veementemente a atitude da Sra. Antonia.

Na nota, a advogada destacou que “em pleno século XXI, mulheres ainda serem alvo de agressões verbais de outras mulheres é um desrespeito à nossa classe”. Ela também ressaltou que divergências políticas nunca podem justificar ataques pessoais e que é inadmissível que atitudes como essa sejam toleradas.

O episódio não apenas reflete um comportamento desrespeitoso, mas também configura um caso de violência política contra as mulheres, conforme definido pela Lei 14.192/2021. A referida legislação estabelece medidas para coibir e punir a violência política de gênero, que inclui qualquer ação que limite, dificulte ou degrade a participação das mulheres no cenário político. Entre essas ações estão as agressões verbais que visam desmoralizar, humilhar ou desrespeitar mulheres em função de sua participação política.

A advogada também destacou a importância da nova lei: “A violência política de gênero é um obstáculo inaceitável para a participação plena e igualitária das mulheres na política. Não podemos permitir que práticas como essas sejam normalizadas, especialmente quando a legislação já reconhece a gravidade desses atos”.

A ofensa ocorre em um momento delicado da campanha eleitoral na cidade, onde a tensão entre os grupos políticos está acirrada. No entanto, essa ação vai além do embate político e fere profundamente os princípios de respeito e convivência democrática, principalmente ao se tratar de uma agressão entre mulheres.